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Hemácias Dismórficas: Quando os Glóbulos Vermelhos Mudam 🔬🩸
24/03/20252 min de leitura

Hemácias Dismórficas: Quando os Glóbulos Vermelhos Mudam 🔬🩸

A pesquisa de hemácias dismórficas é realizada através da análise microscópica da urina, sendo útil na avaliação de condições médicas relacionadas aos rins, principalmente nos glomérulos, como glomerulonefrite ou síndrome nefrótica.

Olá, Analistas! Bora falar sobre um exame diferentão? 💚

Se você já passou algum tempo no laboratório analisando um EAS (exame de urina), com certeza já ouviu falar das famosas hemácias dismórficas. Mas você sabe por que elas são tão importantes? Vamos bater um papo sobre isso!

Em um sedimento urinário normal, as hemácias geralmente aparecem com formato arredondado e uniforme. Mas, quando encontramos hemácias com formatos irregulares, fragmentadas ou com membranas deformadas, acende um alerta: pode haver um processo patológico na via urinária superior, como uma glomerulopatia. Ou seja, o problema pode estar nos rins!

A pesquisa de hemácias dismórficas é um procedimento laboratorial que desempenha um papel crucial na avaliação de condições médicas relacionadas aos rins, principalmente nos glomérulos, como glomerulonefrite ou síndrome nefrótica. Hemácias dismórficas são glóbulos vermelhos que apresentam alterações morfológicas anormais em sua estrutura, diferindo das células sanguíneas saudáveis.

Quanto ao método adotado para a pesquisa do dismorfismo, é realizado através da análise microscópica da amostra de urina. A análise dessas células sob o microscópio de contraste de fase pode ser um verdadeiro desafio, mas também uma ferramenta valiosa para diferenciar hemorragias de origem glomerular (quando as hemácias estão alteradas) de sangramentos do trato urinário inferior (quando elas mantêm seu formato normal).

Para Vasconcellos, Penido, Vidigal (2005) a técnica convencional pela microscopia de contraste de fase mostrou ser igualmente substituível pelas microscopias ótica e eletrônica e por analisadores de imagem computadorizados, com eficácias equivalentes, apesar de ligeira preferência pela forma clássica.

Durante a análise no microscópio, você deverá identificar células que tenham forma de crescente, rabo de rato, bolhas ou qualquer outra aparência distorcida (vide imagem abaixo)

Hemácias dismórficas presentes em hemorragias glomerulares. Codócitos (a, b) e acantócitos (c, d). Microscopia de contraste de fase (100x)Hemácias dismórficas presentes em hemorragias glomerulares. Codócitos (a, b) e acantócitos (c, d). Microscopia de contraste de fase (100x)

Então, da próxima vez que você encontrar uma hemácia "fora do padrão" no sedimento urinário, lembre-se: ela pode estar contando uma história importante sobre a saúde renal do paciente. Bora treinar esse olho microscópico?

Se você curtiu esse assunto, compartilhe com seus colegas de laboratório! 🧪✨

Fonte: Vasconcellos L de S, Penido MGMG, Vidigal PG. Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria: revisão da literatura. J Bras Patol Med Lab. 2005. Vol.41, n. 2. p: 83–94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1676-24442005000200005

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